29 de junho de 2010

Porquê a opção errada nas medidas a tomar?

‘As recessões são vulgares, as depressões são raras. Tanto quanto sei, houve só dois períodos na história económica a que, na altura, se chamou "depressão": os anos de deflação e instabilidade que se seguiram ao pânico de 1873 e os anos de desemprego generalizado que ocorreram na esteira da crise financeira de 1929-31.

(…)Porquê a opção errada nas medidas a tomar? Os adeptos da linha dura invocam muitas vezes as dificuldades da Grécia e de outros países da periferia da Europa como justificação das suas acções. E é verdade que quem investe em títulos de dívida não gosta de governos com défices incontroláveis. Mas nada aponta para que a austeridade fiscal de curto prazo numa situação de depressão económica tranquilize os investidores. Pelo contrário: a Grécia concordou instituir rigorosas medidas de austeridade e viu os seus spreads de risco crescerem ainda mais. A Irlanda impôs cortes violentos na despesa pública e acabou por ser tratada pelos mercados como um risco pior que Espanha, país que se tem revelado muito mais avesso a engolir a receita da linha dura. É quase como se os mercados financeiros percebessem o que os decisores políticos parecem não entender: que embora a responsabilidade fiscal a longo prazo seja importante, o facto de se cortar na despesa em plena depressão (o que agrava essa depressão e abre caminho à deflação) é, na realidade, um tiro no pé. Por isso não acho que isto tenha que ver com a Grécia, nem sequer com alguma análise realista da dicotomia défice- -emprego. É, sim, a vitória de uma postura ortodoxa, que tem pouco que ver com uma análise racional, cujo dogma central é que a imposição de sofrimento aos outros é a maneira certa de mostrar capacidade de liderança em tempos difíceis.

E quem vai pagar o preço deste triunfo da ortodoxia? Dezenas de milhões de trabalhadores de-sempregados. Destes, muitos ficarão sem emprego durante anos: os restantes nunca mais voltarão a trabalhar.’

Paul Krugman, A terceira depressão

Força Portugal!!!!

23 de junho de 2010

Da Vereação.

Irei iniciar neste espaço o resumo das minhas intervenções enquanto Vereador do Partido Socialista nas reuniões de Executivo da Câmara Municipal de Mafra, espero desta forma contribuir para o esclarecimento de todos aqueles que votaram na lista do PS a este órgão Autárquico.

Intervenções na Reunião de Executivo de 14 de Junho de 2010:

Foi sugerido por mim que no proximo ano a Feira dos Alhos (que se vai realizar a 18 de Julho deste ano) fosse realizada também nas ruas envolventes do Palácio recentemente cortadas ao transito, seriam utilizadas barracas em madeira tipicas, onde se poderá vender produtos regionais.
Propus igualmente que fosse criado um calendário de eventos local em estreita colaboração com os comerciantes que permitisse dinamizar aquele espaço.

Alertei para o facto de que na zona onde vai ser edificado um novo loteamento ser já um local de forte pressão urbanistica, sendo que já se notam problemas de estacionamento e de circulação automovel este novo loteamento fica na Rua Constancia Maria Rodrigues em Mafra (em frente à Companhia das Aguas).
Alertei para a necessidade de se proceder ao reordenamento de transito naquela zona da Vila de Mafra.

São jovens e pensam!


Mais uma vez a Juventude Socialista de Mafra vem a publico com uma iniciativa, um abaixo-assinado para trazer para o nosso Concelho uma Pousada da Juventude.
É de saudar esta capacidade de pensar o nosso Concelho por parte desta estrutura, fica mais uma vez provado que por cá existem muitas cabeças para pensar, braços para trabalhar e olhos para ver!
Vamos a isso!

Memória

«Quiseram entretanto as artes do destino que no mesmo dia da morte de Saramago, o Grupo Parlamentar do PS admitisse como sérias as proposta de duas suas deputadas (nenhuma socialista) em alterar o nosso elenco de feriados, propondo a abolição de algumas celebrações históricas e religiosas e a alteração de algumas datas para a segunda-feira seguinte (caso as mesmas caiam num fim-de-semana).

Parece-me um absurdo, um crime de lesa-pátria, a eliminação de qualquer feriado civil. Eles existem porque o simbolismo da sua celebração consagra a existência activa de um Povo na construção da sua identidade. É esse o significado do 1 de Dezembro, do 1ª de Maio, do 25 de Abril ou do 5 de Outubro. Retirá-los das suas datas primordiais é reconhecer a insignificância das mesmas, que existem nesses dias porque homens e mulheres assim o decidiram.»
DE

18 de junho de 2010

De Mafra para Saramago.

Morreu hoje Saramago, não vou aqui falar das suas obras das quais sou um fã incondicional, não vou aqui falar das suas ideias e ideais, vou aqui falar de um detalhe, importante para se perceberem algumas mentes.

Foi veiculado há pouco tempo atrás um abaixo-assinado que propunha que o nome deste escritor viesse a ser retirado da Escola Secundária de Mafra, este ímpeto de “limpeza” surge da franja mais conservadora da nossa sociedade que nunca viu com bons olhos a atribuição desta distinção ao único Premio Nobel da literatura em língua Portuguesa, claro está que para algumas pessoas este homem é um incomodo, é comunista, não é católico, pensa, tem ideias e ainda por cima é respeitado um pouco por todo o Mundo.

Mas em Mafra, terra que está para sempre ligada a umas das grandes obras da literatura Portuguesa do Sec. XX “engolir” Saramago foi sempre para alguns uma situação impensável, mesmo que a obra “Memorial do Convento” que todos os anos atrai milhares de turistas e escolas consiga fazer mais pela nossa promoção do que muitas Feiras de Turismo ou promoções lá fora ou cá dentro.

Este património que nos foi legado por Saramago é de uma forma patética ignorado em Mafra, o “romance” que foi a atribuição da medalha de honra do nosso Concelho foi um bom exemplo da (pouca) visão que por cá ainda subsiste.

A grande homenagem que em Mafra se poderá fazer é a de se respeitar a sua obra e de não lhe esquecer o nome.

Este Mafrense estará para sempre grato a José Saramago e orgulhoso por ter a grande referência literária da língua Portuguesa ligada a Mafra.
Até sempre Saramago!

Para sempre no coração de Mafra.


17 de junho de 2010

O Mundo nos pés!


Tenho acompanhado este Mundial com a paixão de quem gosta de futebol e de quem não tem qualquer tipo de problemas de se confessar um adepto deste desporto que tal como outras paixões não se explica mas se sente.


O futebol não é só o simples desporto jogado num campo, quando hoje assistimos a um jogo deste Campeonato do Mundo jogado pela nossa selecção colocamos naqueles jogadores o peso de uma nação.


Para quem não gosta ou não entende de futebol isto soa a patético, como é possível tantos milhões de pessoas colocarem o seu orgulho patriótico, a honra nacional e a auto-estima enquanto povo neste desporto?


A forma como o apoio à selecção é vivido diz também muito da forma como cada povo se comporta e até como está o estado de alma de um País, nós Portugueses passamos de um entusiasmo electrizante para uma depressão doentia no espaço de 90 minutos, quando as coisas dentro do relvado não correm como ambicionamos corremos a encontrar culpados, surgem logo os “entendidos” no assunto dissertando sobre tácticas, e a lógica do “eu já sabia” vem ao de cima.

Todo este estado de espírito depressivo é sanado com uma vitória no jogo a seguir, mesmo se por 1 a 0 e o golo a ser marcado aos 93 minutos do prolongamento com a mão, aí que se lixe a crise vimos para a rua, enchemos o peito e somos Portugueses!

Os resultados que até agora temos visto neste Mundial valorizam o empate obtido contra a Costa do Marfim que é neste momento (só) a melhor equipa Africana.

Tenhamos pensamento positivo e deixemos de lado este derrotismo patológico que afecta em vários quadrantes o nosso País, vamos acreditar e desfrutar deste Mundial!

16 de junho de 2010

Espíritos dissecados!

“A Europa não precisou de Bruxelas para conseguir, durante séculos, a livre circulação de ideias. Tudo mudou quando os actuais burocratas chegaram ao poder. Tentaram convencer-nos de que a cultura não é importante, mas sim a livre circulação de capitais. Ainda por cima, todos têm péssima imagem e maus cortes de cabelo. As suas vidas espirituais não estão desenvolvidas. Cada vez mais, chego à conclusão de que estamos a ser regidos por gente com espíritos dissecados.”

Colm Tóibín ao JN de hoje

Pau velho.


A direita encostada à Igreja anda em desatino com o casamento. Aliás, a direita evangélica sempre andou em desatino com o casamento. Foi assim com o casamento civil, foi assim com o divórcio e é agora assim com esta nova forma de dar aos cidadãos os mesmos direitos independentemente das suas opções.

A direita encostada à Igreja vive em permanente sobressalto com medo que se saiba que nessa mesma direita encostada à Igreja se faz sexo fora do casamento, se usa preservativo dentro e fora do casamento, se fazem divórcios de casados pela Igreja, se registam casamentos fora da Igreja e, para bem do Diabo, até há gente que vive com gente do mesmo sexo. Tudo às escondidas, claro, no segredo do confessionário.

A direita encostada à Igreja anda em homilias a rogar que se leve para Belém um Santinho.

Luís Novaes Tito

"NÃO TENHO ESCUTAS NEM MARICAS"

«A ausência de qualquer deputado na assinatura do protocolo de colaboração entre o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e a empresa de painéis solares RPP Solar, levou o empresário Alexandre Alves a criticar os políticos, considerando que estão mais interessados em debater os problemas das escutas no âmbito do processo ‘Face oculta’ e os direitos dos homossexuais.
O empresário, também conhecido por ‘Barão Vermelho’, promotor do investimento, disse na última segunda-feira, em Abrantes, ter convidado todos os deputados para a cerimónia, onde ficou estipulado que a RPP Solar vai receber 128 milhões de euros de incentivos fiscais e financeiros para criar emprego e dar formação. “Convidei os deputados todos e não puseram cá os pés. Têm mais que fazer. Aqui não tenho escutas para resolver. Não tenho maricas aqui ao pé de mim”, disse. » [CM]

9 de junho de 2010

Reclamação nos CTT de Mafra.

Fiz hoje uma reclamação por escrito nos CTT de Mafra, ao deslocar-me aquela instituição para levantar uma carta registada em nome da minha empresa foi-me solicitado (após quase uma hora de espera!) o registo comercial ou o código de acesso para que o funcionário se possa certificar que eu tinha poderes para levantar a referida carta, esta não era a primeira vez que tal sucedia, já com uma minha colaboradora tal já tinha acontecido mesmo tendo ela levado o meu Cartão do Cidadão e a carta de registo devidamente assinada e carimbada.
Perguntei ao funcionário se aquando da entrega da carta na morada da empresa também é solicitado o registo comercial, a resposta foi de que tal não é necessário porque aí a carta era entregue na morada!
Este tipo de procedimento não faz sentido, solicitei aos CTT que me seja explicado por escrito quais são as bases legais para pedir esta documentação, fico à espera da resposta.

PS: Reclamação nº 13969143

8 de junho de 2010

Traços marcantes da economia portuguesa na hora actual

• “forte crescimento registado no primeiro trimestre”;
• “crescimento de dois dígitos das exportações até Abril”;
• “execução orçamental que não compromete”;
• “downgrading das agências de rating no final de Abril que tinha acontecido sem uma deterioração das notícias económicas (muito pelo contrário…)”;
• “menor acesso — por comparação com outros países — das nossas instituições financeiras ao BCE como forma de obter liquidez”;• “reduzido número de casos de cobrança duvidosa”.

Quem faz esta análise séria da economia portuguesa?

A resposta está aqui.

2 de junho de 2010

Reflexões de um Português em 2010.


Somos diariamente “bombardeados” com comentários e análises de uma catástrofe iminente, Portugal está à beira do abismo, estamos perdidos, encurralados sem soluções e com um fim anunciado.

Os arautos da desgraça rejubilam em frente ás câmaras de televisão, nos jornais sucedem-se os textos apregoando o fim dos tempos, gente que comenta e analisa e que ao longo dos anos tem sido cúmplice e acérrimo defensor de um sistema económico que nos conduziu a esta situação.

Dou por mim a mudar de canal quando na TV eles aparecem, se surgem indicadores positivos rapidamente os menosprezam, se os indicadores são negativos crescem nas suas afirmações apontando na direcção de um sistema ainda mais liberal e de um Estado cada vez mais reduzido.

No meio desta enxurrada de comentários e comentadores somos levados a acreditar que Portugal é o centro do Mundo, que a crise começou por cá, que toda a Europa se encontra bem de saúde e que o nosso Primeiro-ministro foi o causador da mais grave crise desde a II grande guerra.

Claro que para muitos esta é uma oportunidade de ouro para de uma vez por todas “limpar” o país de Sócrates e do Governo Socialista, aliás, só ainda não temos eleições antecipadas porque interessa que o PS vá ardendo em fogo lento nas medidas que tem de tomar para estancar esta “hemorragia”, este calculismo tácito está a ser seguido da esquerda à direita do PS, porque não interessa a ninguém neste momento “pegar na criança”.
“Deixemos o PS tomar as medidas, quando as coisas estiverem a rolar cá estaremos para tomar conta do poder!”, pensam os brilhantes estrategas, vivemos assim no Portugal político, à espera, aguardando!

Enquanto uns esperam outros fazem, Portugal não pára, não pode parar, queremos politicas económicas que mobilizem quem tem poder para investir, queremos ver as nossas empresas a ter dinâmica e desta forma criar emprego, queremos um Estado eficaz, uma Justiça que funcione, justiça social e acima de tudo QUEREMOS ACREDITAR EM PORTUGAL!