2 de junho de 2010

Reflexões de um Português em 2010.


Somos diariamente “bombardeados” com comentários e análises de uma catástrofe iminente, Portugal está à beira do abismo, estamos perdidos, encurralados sem soluções e com um fim anunciado.

Os arautos da desgraça rejubilam em frente ás câmaras de televisão, nos jornais sucedem-se os textos apregoando o fim dos tempos, gente que comenta e analisa e que ao longo dos anos tem sido cúmplice e acérrimo defensor de um sistema económico que nos conduziu a esta situação.

Dou por mim a mudar de canal quando na TV eles aparecem, se surgem indicadores positivos rapidamente os menosprezam, se os indicadores são negativos crescem nas suas afirmações apontando na direcção de um sistema ainda mais liberal e de um Estado cada vez mais reduzido.

No meio desta enxurrada de comentários e comentadores somos levados a acreditar que Portugal é o centro do Mundo, que a crise começou por cá, que toda a Europa se encontra bem de saúde e que o nosso Primeiro-ministro foi o causador da mais grave crise desde a II grande guerra.

Claro que para muitos esta é uma oportunidade de ouro para de uma vez por todas “limpar” o país de Sócrates e do Governo Socialista, aliás, só ainda não temos eleições antecipadas porque interessa que o PS vá ardendo em fogo lento nas medidas que tem de tomar para estancar esta “hemorragia”, este calculismo tácito está a ser seguido da esquerda à direita do PS, porque não interessa a ninguém neste momento “pegar na criança”.
“Deixemos o PS tomar as medidas, quando as coisas estiverem a rolar cá estaremos para tomar conta do poder!”, pensam os brilhantes estrategas, vivemos assim no Portugal político, à espera, aguardando!

Enquanto uns esperam outros fazem, Portugal não pára, não pode parar, queremos politicas económicas que mobilizem quem tem poder para investir, queremos ver as nossas empresas a ter dinâmica e desta forma criar emprego, queremos um Estado eficaz, uma Justiça que funcione, justiça social e acima de tudo QUEREMOS ACREDITAR EM PORTUGAL!

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