30 de outubro de 2009

A derrota e a vergonha

Às 8 da manhã do dia 21 de Junho de 1942, as tropas britânicas sitiadas na fortaleza de Tobruk, no norte de África, rendiam-se às divisões comandadas por Erwin Rommel, após terem sofrido baixas consideráveis. No seu quartel-general da Alemanha, Hitler rejubilou, entregando a Rommel o bastão de marechal. Ao receber a má noticia em Washington, onde conferenciava com o presidente Roosevelt, Churchill desabafou: “A derrota é uma coisa, a vergonha é outra.” Os britânicos tinham sido derrotados mas não deviam envergonhar-se. Tinham-se batido até ao limite das suas forças. Um ano mais tarde, recuperariam Tobruk.
A que propósito me lembrei deste emblemático episódio da II Guerra Mundial? É que ele constitui uma exemplar lição de vida. A desonra é perder sem sequer dar luta. Vale para todas as épocas e para as mais variadas circunstâncias – e também na política, que é a continuação da guerra por outros meios.

Tirado daqui.

27 de outubro de 2009

Saco de gatos.

Fernando Sobral, A crise do PSD:

‘Marcelo Rebelo de Sousa sabe que o seu tempo é outro e a sua estratégia é diferente. Passos Coelho intui que a luta entre os senhores da guerra do PSD os deixará todos exangues. Pacheco Pereira culpa os outros de "balcanização" como se fosse da NATO, mas sabe-se que a confusão é a forma de se ilibar dos seus universos paralelos: é Jedi ou Darth Vader? Paulo Rangel mantém-se calado, à espera de uma manifestação à porta de casa. O problema do PSD é, neste momento, só um: os seus senhores da guerra lutam por poder pessoal e não por ideias. O PSD tornou-se num Afeganistão político: o líder está cercado, os senhores da guerra governam as suas tribos, e todos se aliam momentaneamente contra um inimigo comum.’

A reter.

Mário Soares, Um novo Governo para uma nova legislatura:


‘José Sócrates é, a meu ver, o melhor primeiro-ministro que Portugal poderia ter, na actual situação. O mais competente, o mais determinado e corajoso, o mais conhecedor das realidades que temos à nossa frente para vencer. Provou-o nos debates e nas campanhas. Os eleitores, apesar dos motivos de queixa, tantas vezes invocados, não se enganaram ao votar no PS. Aprendeu muito nestes anos de Governo e, principalmente, nos últimos anos de crise aguda. É hoje um homem diferente, mais moderado e contido. Mas o pior está ainda para vir. Não tenhamos ilusões. Esperemos que haja bom-senso e decoro, que terminem os ataques pessoais e as insinuações sem provas, que só serviram para vitimizar o primeiro-ministro e tentar desacreditar a democracia, o nosso principal bem. Sócrates merece ser ajudado. Digo-o com isenção, por ser a expressão do que penso, desinteressadamente, e tendo em vista o melhor para Portugal.’

Coisinha boa!

23 de outubro de 2009

A mudança!


Potencial das ondas, o Surf na Ericeira.


‘Uma onda vale milhões de euros e em Portugal o potencial das ondas é imenso. Num paper recente, Pedro Bicudo e Ana Horta (do IST) estimam que uma onda de qualidade possa ter um impacto no turismo na ordem dos 100 milhões de euros anuais. Faz sentido. Não apenas o número de praticantes em Portugal tem crescido bastante, como, numa sondagem recente, 90% dos europeus escolhiam o surf como o desporto que mais gostariam de experimentar. Da África do Sul à Indonésia, passando pelo País Basco, há localidades que se transformaram radicalmen- te porque tinham condições óptimas para o surf. Jeffrey's Bay, Uluwatu ou Mundaka são lugares prósperos porque se reconverteram de longínquas terras costeiras em destinos turísticos de surf. Com ganhos evidentes: desenvolveram-se (preservando a sua identidade) e encontraram um equilíbrio ambiental, obrigadas a proteger um recurso natural - uma onda de excelência. Há várias ondas em Portugal que podem funcionar como pólo de atracção do turismo de surf.’

E que tal uma aposta concreta e séria no turismo ligado ao Surf para a zona costeira do Concelho de Mafra que consiga unir o ambiente com o desporto!

A reter.




Paul Krugman, Bancos a cair da cadeira:


‘Por agora o principal é fazer os possíveis por apoiar a criação de emprego. Com alguma sorte, isso produzirá um círculo virtuoso, em que uma economia em melhoria reforça os bancos, que se mostrarão mais dispostos a conceder empréstimos. Além disso, precisamos de aprovar uma reforma financeira eficaz. Se não o fizermos, os banqueiros começarão a assumir riscos ainda maiores que antes da crise. Afinal a lição dos últimos meses é clara: quando os banqueiros jogam com o dinheiro dos outros, se sai caras, ganham; se sai coroas, o resto das pessoas perde.’

O trabalho continua!

Amanhã dia 24 de Outubro pelas 15h30 o Partido Socialista de Mafra vai reunir na sua Sede os seus eleitos nas Assembleias e executivos das Freguesias para proceder a uma acção de formação, são ao todo 45 Autarcas mais 13 do que à 4 anos.

É importante dotar os eleitos pelo PS de informação e meios que lhes permitam efectuar os seus mandatos de uma forma correcta e eficaz.

No PS de Mafra não baixamos os braços, vamos continuar a trabalhar para responder não só aqueles que em nós votaram e em nós depositaram a sua confiança mas também para demonstrar que somos a única alternativa capaz de fazer face ao PSD.

O trabalho continua!

20 de outubro de 2009

Liberdade de expressão.

O Eurdodeputado Social Democrata Mário David, num surpreendente assomo de Sousa Larismo, exige que Saramago renuncie à nacionalidade Portuguesa depois do que disse sobre a Bíblia! Considera o vice-presidente do PPE que quem não partilha dos valores religiosos não é uma pessoa de bom carácter! A não perder.

Quando vemos e ouvimos certas declarações de ira não podemos deixar de pensar que para alguns quem não partilha dos seus valores religiosos não é pessoa com bom carácter, este tipo de pensamento é perigoso, Portugal é um País laico, o respeito por todas as religiões quer dizer que aqueles que optam por não seguirem nenhuma forma de culto devem tambem de ser respeitados.

A Biblia deve ser respeitada tal como todos os outros textos ou símbolos sagrados de outras religiões, mas tal não quer dizer que nos esqueçamos de que existe liberdade de expressão.

Lembram-se dos cartoons sobre Maomé publicados num jornal norueguês?

Colegas

De uma crónica de Baptista Bastos, no Jornal de Negócios, de 16 de Outubro:

«Ouvi, na segunda-feira, com surpresa e nojo, designarem-se, uns e outros, por "colegas." Quando entrei nos jornais ensinaram-se o seguinte: "Jornalistas são camaradas e tratam-se sempre por tu. Colegas são as putas." Ficou-me para sempre.»

15 de outubro de 2009

Os Nóbeis da Economia e Mafra!

Paulo Trigo Pereira explica com concisão e clareza as contribuições de Williamson e Ostrom (os Nóbeis da Economia deste ano) e chama atenção para algumas consequências da perspectiva do primeiro para temas de alta relevância e actualidade em Portugal:

"(...)Ao nível local há também variados sectores que têm sido empresarializados. Aquilo para que a análise de Williamson chama a atenção, e que é frequentemente descurado por economistas, é que a opção pelo melhor arranjo institucional, não depende apenas da eficiência medida em termos de custos de produção. Depende também dos custos de transacção, associados à celebração de contratos incompletos de longo prazo a 20, 30 e mais anos. Nomeadamente no que toca às parcerias público-privadas a pouca “evidência empírica” existente sugere que este custos são muito significativos relativamente ao custo do investimento directo sobretudo em projectos de pequena e média dimensão."

Durante a campanha o partido Socialista falou claramente do problema de se estar a hipotecar e a concessionar durante muitos anos o Concelho de Mafra, não deixa de ser pelo menos interessante ver que afinal segundo uns “fracos” Economistas até temos razão!

Que 'política da verdade'?


João de Deus Pinheiro, que encabeçou a lista eleitoral do PSD pelo distrito de Braga, por escolha directa de Manuela Ferreira Leite, foi deputado por meia hora: deslocou-se à Assembleia da República esta manhã só para renunciar ao cargo para que foi eleito. É pena a eleição por Braga não poder ser repetida. Talvez assim os bracarenses avaliassem melhor esta 'política de mentira'.
DP

Coisinha boa



Uma acção promocional da banda Black Eyed Peas surpreendeu a apresentadora Oprah Winfrey. Estava combinada a realização de um show da banda em Chicago, para executar o hit ”I gotta feeling”, na abertura da nova temporada do programa da apresentadora. A surpresa ficou por conta da plateia, que realizou a maior acção de flash mob de sempre. Sem que Oprah soubesse, Will.i.am criou, com um grupo de bailarinos, uma coreografia e chamou 800 fãs para o evento. As 800 pessoas aprenderam os passos e ensinaram-nos a mais de 20.000. O espectáculo foi o que se viu.

13 de outubro de 2009

Os "senhores da esquerda" aprenderam uma lição

A esquerda conservadora, PCP e Bloco de Esquerda, aprendeu uma dura lição nestas eleições autárquicas, habituada a tutelar aqueles que designa como "povo de esquerda" viu-os votar PS em nome dos seus anseios e não de acordo com estratégias partidárias dos "senhores da esquerda". Se Sócrates e o PS são de direita, como gostam tanto de acusar, terão de aceitar que bastiões como Marinha Grande, Beja ou Aljustrel optaram por essa mesma direita tão odiada por Jerónimo de Sousa e Louça. Em Lisboa os "senhores da esquerda" apostaram nos seus projectos políticos pessoais, msmo sabendo que isso poderia significar a vitória de Santana Lopes, mas os eleitores disseram-lhes não.

Os mesmos eleitores de Lisboa que convenceram Louçã que já era um grande líder da extrema-esquerda, optaram agora por o mandar à fava nas eleições de Lisboa, Francisco Louçã foi vítima da sua própriam arrogância. Louçã enganou-se ao justificar-se ao dizer que tinha muito a aprender nas eleições autárquicas, o que ele tem de aprender é que o “povo de esquerda” não é nenhum rebanho, nem uma massa de idiotas que iriam eleger um babaca como vereador para, em contrapartida, verem Santana Lopes ganhar a câmara.

Este eleitorado de esquerda, de que Louçã tanto gostar de se armar em representante pode ficar irritado com algumas políticas de Sócrates, pode castigar o PS pelas asneiras governamentais ou para exorcizar as consequências financeiras, mas não faz o que lhe mandam Louça ou Jerónimo de Sousa lhes mandam fazer. Foi o “povo de esquerda” que impediu a direita de chegar ao governo nas legislativas e agora infligiu uma pesada derrota pessoal a Ferreira Leite, Louçã e Jerónimo de Sousa.

Quando Jerónimo de Sousa diz que é a grande força de esquerda nas autarquias como explica a derrota a CDU em Beja? Ao fim de trinta anos os bejenses não evoluíram como povo ou, cruzes canhoto, deixou de ser de esquerda para passar a ser um eleitorado de direita e escolheu um PS de direita? Bem, ainda algum dirigente do PCP se vai lembrar de dizer que o povo de Beja enriqueceu tanto com o progresso resultante da gestão CDU e acabou por se aburguesar. Ou então sucedeu um fenómeno idêntico ao da RDA, invejou os padrões de consumo nas autarquias geridas pela direita e traiu o PCP.

Este povo de esquerda é bem menos burro do que julga o BE e o PCP e não votou contra a maioria absoluta de António Costa ou para manter alguns concelhos com o estatuto de pequenas RDAs. Pior ainda, ao longo dos anos tem afirmado a tendência para o divórcio com modelos de gestão autárquica onde pontuam controleiros alheios aos interesses das populações. Na Marinha Grande os eleitores não aceitaram os golpes baixos o aparelho do PCP e em Aljustrel a população percebeu que Manuel Pinho estava bem mais empenhado em defender os seus interesses do que Bernardino Soares.

Estas eleições mostraram que o tal “povo de esquerda” não obedece a dirigentes políticos que olham para os eleitores como os "senhores da guerra", sabe o que quer e começa a perceber que há uma grande distância entre o desenvolvimento que anseia e os paraísos que estes "senhores da esquerda" prometem. O "povo de esquerda", como todo o povo, quer que as autarquias funcionem, que as escolas tenham qualidade, que o país progrida, não querem nem desejam a grande crise que provará que Marx tem razão e muito menos o desmoronar do sistema ideológico.

Nestas autárquicas o povo disse não aos "senhores da esquerda", foram eles os grandes derrotados, estiveram mais empenhados em eleger mais dois ou três vereadores mesmo que isso significasse mais autarquias geridas pela direita e perderam. Não só não beliscaram a direita, como perderem muitas autarquias para o PS.

No Jumento

Não são necessárias mais estradas, mais rotundas, mais piscinas municipais.

"Hoje, a questão já não se coloca sobretudo na qualidade de vida. Não são necessárias mais estradas, mais rotundas, mais piscinas municipais. O que é essencial é uma política de emprego de proximidade, de atracção de gente para regiões que se desertificam e da possibilidade real de criação de zonas com vantagens fiscais para os cidadãos e incentivos para empresas. E de mecanismos de controlo de proximidade também dos benefícios sociais"

Texto publicado na edição do Expresso de 9 de Outubro de 2009

Cidadania

Jorge Sampaio antigo Presidente da Republica e membro de uma Mesa de Voto, um exemplo de cidadania.

12 de outubro de 2009

De 11 de Outubro de 2009 em Mafra!

A reter.

"Exactamente contra o que se esperava, Fátima Felgueiras perdeu em Felgueiras. Absolvida nos tribunais, acabou por ser condenada nas urnas. Não lhe valeu de nada a condição de independente. Se calhar, faltou-lhe mesmo uma sentença rompante de condenação para poder ter o destino de Isaltino Morais em Oeiras. Há políticos que só existem como vítimas. Ontem ficou definitivamente provado que a condenação em tribunal pelos crimes de abuso de poder, corrupção e branqueamento de capitais, numa pena de sete anos de prisão, não são argumentos que convençam o concelho com o maior poder de compra do país, além de um nível cultural acima da média. Isaltino isaltinou, e por larga vantagem, em Oeiras. Quem pensava que a classe média era diferente do povo que elegeu Valentim Loureiro, em Gondomar, ou não elegeu Fátima Felgueiras, em Felgueiras, enganou-se. (...) Foi Brecht que pediu uma vez que trocássemos de povo. Eu sugiro que troquemos antes de classe média."

Pedro Lomba, no i

Responsabilidade.

Quero em primeiro lugar endereçar a todos aqueles que foram candidatos nas listas do Partido Socialista para os diversos órgãos Autárquicos do Concelho de Mafra a minha mais profunda e sincera homenagem, não foi tarefa fácil dar a cara neste Concelho por um projecto alternativo e por novas ideias.

Quero também dar os parabéns a todos os eleitos, os eleitores votaram e escolheram, foi dada ao PSD uma vitória incontestável em 14 das 17 Freguesias, o PS ganha a Freguesia da Ericeira e nas Freguesias da Igreja Nova e do Gradil assistimos à vitória de duas listas de independentes.

Para a Câmara o PSD mantém a maioria, com 52% e seis mandatos, o PS com 27,50% dos votos elege três vereadores, este resultado significa que tanto o PSD como o PS colocam cada um mais um Vereador fruto do aumento do número de eleitores e consequentemente do número de vereadores que passou de 7 para 9.

A minha eleição com Vereador acarreta uma grande responsabilidade, saberei estar à altura da responsabilidade e tentarei não desiludir aqueles que em mim depositaram a confiança, quero deixar bem claro que acima de tudo está o Concelho de Mafra e as suas gentes e que o que foi dito e prometido pelo Partido Socialista durante a campanha é para manter e cumprir.

Saberei ouvir as pessoas, quero estar junto de quem neste Concelho precisa independentemente da sua filiação partidária, quero fazer uma oposição construtiva que dignifique o Partido Socialista e o Concelho de Mafra.

A todos que acreditaram e acreditam neste projecto o meu mais sincero obrigado!

7 de outubro de 2009

Política de esfregona

Limpam pelas frentes como mulheres a dias incompetentes que querem mostrar serviço com um mínimo de esforço: arruamentos, canteiros de jardins, tudo o que salta à vista na via pública e é de rápida solução anda num virote. Até domingo.

Nesse dia hão-de vir, de mão estendida, para receber.

Escutas no Palácio de Belém.


5 de outubro de 2009

4 de outubro de 2009