31 de março de 2010
Coisas do Demo...
Amorth acrescentou que o demónio «utiliza» os padres pedófilos para atacar a Igreja, porque a odeia de morte por ser «a mãe dos santos». Parece assim que, tal como se sugere no caso de Marcial Maciel Degollado, o exorcista considera que os padres pedófilos estavam todos possuídos pelo Demo e que todos os que não reconhecem isso e continuam a exigir que se apure as responsabilidades da Igreja no encobrimento e cumplicidade com os pedófilos estão a fazer o trabalho do mafarrico. Já o ex-bispo do Funchal, que comparou aos tormentos de Cristo a «perseguição» ao seu secretário pessoal e amigo do peito, o padre Frederico, afirma que é um «exagero» criticar a Igreja por causa dos padres pedófilos. Aqui o exagero reside não em reconhecer a mão do Diabo na coisa mas as tentações bem humanas que atormentam os padres, uma classe profissional que, como as outras, tem «defeitos deste género» que advêm da «sociedade gangrenada» em que vivemos, desta «época em que se difundem todas as formas de imoralidade» - certamente por não se seguir os bons exemplos que nos chegam da hierarquia da ICAR. Haja paciência!
30 de março de 2010
CARIDADE COM QUEM NÃO MERECE
«Em 1993, o padre Frederico Cunha foi julgado e condenado na Madeira por homicídio de um menor. Estive no julgamento e lembro-me de ter escrito sobre a angústia que eu teria em ser juiz da morte do rapazinho que caiu das escarpas do Caniçal: o padre nunca confessou, nem havia testemunhas. De facto, o juiz condenou, disse-o na sentença, "por convicção". Havia, porém, crimes de Frederico Cunha, esses, sim, com testemunhas várias. Menores depuseram em tribunal sobre o assédio sexual que ele lhes fez, acusações que nem foram refutadas pelo réu. Apesar disso, o então bispo do Funchal comparou a actuação judicial contra Frederico à "perseguição que fizeram a Cristo". É notável que os indícios de abuso de menores não tenham dado prudência ao bispo no seu apoio ao padre. Essa nossa história antiga pertence ao escândalo mundial em que a Igreja Católica é, agora, denunciada pelo seu comportamento com casos comprovados de pedofilia de padres. O cardeal Saraiva Martins, perante a dúbia actuação da hierarquia católica nesses casos, comparou a atitude da Igreja com a de uma "família que lava a roupa suja em casa." Ora a questão não é a casa da Igreja ter pedófilos - é um pecado de que nenhuma família está livre. O problema é eles, conhecidos, não terem sido expulsos. » [DN]
Por: Ferreira Fernandes
29 de março de 2010
A Igreja por estes dias.
Sem querer de forma alguma colocar no mesmo saco toda a instituição tenho de afirmar que a atitude de encobrimento e de silenciamento por parte do Clero destes crimes é no mínimo repugnante, e parece-me claro que durante décadas existiu um clima de cumplicidade envergonhada por parte do Vaticano sobre os criminosos que praticavam estes abusos de batina!
A Igreja Católica tem sobre si o peso de quase dois mil anos de história, durante muitos e longos Séculos foi esta instituição que travou o desenvolvimento da Humanidade, felizmente não estamos numa fase em que a Igreja consegue calar ou mande perseguir os “infiéis”, os tempos são outros e é claro para quase toda a gente que estamos a assistir a uma perigosa deriva desta secular instituição.
A Igreja tem necessariamente de se abrir à mudança, não abdicando obviamente dos seus princípios e bases orientadoras mas perceber que mais uma vez o Mundo está a avançar mais depressa do que esta instituição.
Os dogmas e bases de uma Fé não as discuto, agora a falta de credibilidade e hipocrisia são assunto que todo e qualquer mortal pode e deve discutir.
Vamos a ver se o Vaticano consegue descer à terra e operar o milagre da mudança e recuperar a credibilidade perdida com estes casos.
26 de março de 2010
Sporting - S.O.S.
Logo depois uma leve esperança de que algo pudesse mudar com um novo director desportivo. Pura ilusão...
Como um disparate nunca vem só, e para mal do nossos pecados, ademais depois da expectativa inicial de alguns relativamente à sua performance, surge agora um "Ministro" (Costinha), transformado em "senhor todo poderoso" do clube, mas com iguais características a nível da verborreia.
Arre que a coisa pega-se! Ou seja, o disparate continua. E como estes maus exemplos têm geralmente seguidores, agora é comum ver-se na Academia durante os treinosda equipa funcionários da empresa de Jorge Mendes, manda-se para casa um jogador ( um grande profissional como Izmailov) porque este se queixa que tem dores e por, alegadamente, se recusar a jogar mais "infiltrado" (desde quando é que esta prática é usada no Sporting?), trocam-se três vezes por anos as funções do team manager(Salema Garção), despede-se o director de comunicação, e tudo fica na mesma.
Na mesma, não... pior, porque no meio de toda esta confusão, o Sporting é 4º classificado, foi eliminado de todas as restantes competições, gastou fortunas para contratar um "flop" futebolístico (Sinama -Pongolle), os jogadores que contratou no Inverno não puderam, na sua maioria, dar contributo na Liga Europa e, na Direcção do Sporting, tudo se passa como se nada tivesse acontecido, agora com a promessa de que "pró ano é que é!".
Triste Sporting este que nada tem a ver com o clube que, durante anos, me habituei a seguir no velho Estádio de Alvalade...
Infeliz hora aquela em que os sportinguistas embarcaram na desastrosa aventura que foi o "projecto Roquette"... Os resultados estão à vista!
Acorda SPORTING!
No Corta-fitas
25 de março de 2010
Um olhar sobre a organizaçao das AEC’s (Actividades de Complemento Curricular)
Encontradas irregularidades na gestão da câmara e empresas municipais de Mafra
O documento refere que o município construiu, financiou e está a explorar a A21 (Malveira-Ericeira), considerada estrada municipal, “fora das suas atribuições e em desconformidade com o objecto social da Mafraltântico”, a empresa municipal criada para o efeito.
A “transferência para a posse e exploração da Mafratlântico de uma estrada municipal não se reconduz às formas privadas de uso do domínio público (...) pois trata-se de uma estrada municipal, por natureza afecta ao uso directo e imediato do público”, conclui o relatório.
O Tribunal de Contas afirma que os investimentos efectuados, com recurso ao crédito, “resultaram num aumento da dívida pública susceptível de onerar o património da autarquia”, tendo havido “responsabilidade financeira sancionatória”.
Ainda de acordo com o documento, o município escolheu a empresa municipal Pavimafra para efectuar trabalhos, “sem adoptar procedimentos pré-contratuais”, assim como “adjudicou diversas empreitadas por ajuste directo e sem submissão a visto do Tribunal de Contas”, violando em ambos os casos a lei da transparência, publicidade, igualdade, concorrência e imparcialidade. “Tais adjudicações e a despesa daí resultante são ilegais e susceptíveis de configurar eventual responsabilidade financeira sancionatória”, conclui.
O relatório refere também que, em 2006, “o município ultrapassou o limite legalmente estabelecido para os empréstimos de médio e longo prazo em 91 por cento, o que corresponde a um valor em excesso” de cerca de 2,8 milhões de euros.
O Tribunal de Contas, que reencaminhou o caso para o Ministério Público deste tribunal, dá um prazo de 180 dias a contar de 4 de Fevereiro para a autarquia adoptar todas as recomendações que resultam das conclusões da autoria.
A câmara de Mafra esclarece em nota de imprensa que vai seguir as recomendações do Tribunal de Contas e remete explicações para a “leitura “ das alegações feitas no período do contraditório da auditoria. Segundo a autarquia, “todas as opções e práticas da câmara se regeram pelo princípio da boa-fé e pelo pleno respeito do interesse público” e “todas as decisões foram devidamente suportadas em pareceres jurídicos”.
22 de março de 2010
20 de março de 2010
Visita dos Vereadores do PS à Tapada Nacional de Mafra
16 de março de 2010
Contacto directo.
O pavilhão do Ministro
(Repórter sobre a chegada dos congressistas do PSD, na SIC-N)
Blogue da vereação do PS na Câmara Municipal de Mafra
15 de março de 2010
Asfixia Democrática.
12 de março de 2010
Elites e bases
Julgo que esta é a explicação de muita da raiva que tem acompanhado algumas análises políticas recentes. É curioso que Cavaco Silva (que chegou a Presidente da República) ainda sofra deste mal em numerosos textos publicados. Ele não tem jeito, não tem sofisticação, não serve porque não leu, não cita de cor os clássicos, só sabe de economia. Um horror!
Na sociedade portuguesa, muitas coisas têm a ver com classe social. Se fulano não estudou nos melhores colégios, não pertence à elite; se usa determinado vocabulário e não outro, mais vale estar calado; se dá dois beijinhos em vez de um, é burgesso; se não é de boas famílias, enfim, nem merece resposta.
Este fenómeno aplica-se a mais ou menos tudo, incluindo lutas partidárias, e não é exclusivo português. Neste sentido, Passos Coelho é diferente de, por exemplo, David Cameron, e faz-me lembrar muito mais Nicolas Sarkozy. Durante anos, Sarkozy foi o forasteiro da política do centro-direita em França; enfrentou Chirac e pagou muito caro, com o desprezo deste e quase o seu fim político. Depois, teve de superar a ameaça de um preferido de Chirac (e da elite da UMP) que todo ele era um programa de exclusividade sofisticada: Dominique de Villepin.
Mas Sarkozy dominava o chamado "aparelho" partidário, na simplificação jornalística que então foi feita. Na realidade, esse dito aparelho era muito mais um fenómeno sociológico: as bases do partido queriam a mudança de elites e conseguiram concretizar essa mudança, elegendo Sarkozy, que para o Le Monde será sempre o político ridicularizado, que se põe em bicos de pés, imaginando-se um verdadeiro Napoleão (outro parvenu).
O que está em causa no PSD é semelhante: uma substituição de elites do partido, um processo de renovação. E alguns comentadores, que passam o tempo a queixar-se de que não há renovação na política portuguesa, deviam refrear os seus preconceitos de classe e tentar ver o que parece evidente. Mas não haja ilusões: Passos, mesmo que vença no PSD, será sempre um forasteiro para estes comentadores.
No albergue Espanhol
Alerta laranja em Mafra.
11 de março de 2010
A Doutrina do Choque
Quando pela primeira vez ouvi o que o governo prepara no âmbito do Programa de Estabilidade e Crescimento (vulgo PEC), em particular as privatizações planeadas, lembrei-me logo dos resultados dum projecto de investigação de Naomi Klein, vertido em livro: A Doutrina do Choque. A conclusão central é condensada nestas linhas retiradas da sinopse do livro: "Estes acontecimentos são exemplos da doutrina de choque: o aproveitamento da desorientação pública no seguimento de enormes choques colectivos -- guerras, ataques terroristas ou desastres naturais para ganhar controlo impondo uma terapia de choque económica." Este mesmo processo está hoje em curso em Portugal (e não só). Mas o choque colectivo, que serve para desorientar e sedar, resultou dum desastre que de natural tem muito pouco. O que é realmente inacreditável, é que neste caso os beneficiários da terapia de choque económica que nos está a ser imposta são exactamente os mesmos que foram responsáveis pelo desastre que lhe serve de justificação. Se tudo tivesse sido premeditado não teria resultado melhor. Será que?!...
Vias de Facto
P.S: Recomendo vivamente a leitura quer do livro citado pelo Pedro Viana (A doutrina do Choque) como tambem da mesma autora o livro No Logo.
Moralizar a Economia
O jogo financeiro, a especulação e a ganância que um Capitalismo sem rédeas desencadeou foi um sinal de que era necessário colocar um travão neste sistema, mas, o que temos assistido é que afinal tudo se mantém na mesma, os causadores desta crise foram em grande parte salvos com dinheiro dos Estados, Estado que os arautos do Capitalismo selvagem sempre quiseram mínimo mas a quem tiveram de recorrer quando se viram afogados na lama que criaram.
Por este Mundo vemos Governos a cortarem direitos sociais que todos os cidadãos, trabalhadores e contribuintes têm direito, pagamos todos bem caro a ajuda dada ao sistema financeiro e não vemos nenhum dos culpados punidos ou vontade Politica real e concreta de se alterarem as regras do jogo.
É urgente uma regulamentação dos mercados, é urgente que se aperte a malha e que de uma vez por todas se moralize a Economia.
10 de março de 2010
Então e as perguntas Judite?
No Jugular
5 de março de 2010
A arma dos fracos.
Quero assegurar aos senhores do Mafra Hoje e seus amigos que não é desta forma que vão destabilizar ou amedrontar os Vereadores do Partido Socialista, não temos medo, vamos manter a nossa postura séria e honesta, vamos continuar a ser “incómodos” e a fazer o trabalho para que fomos eleitos.
A mentira e a calúnia são as armas dos fracos, ainda por cima quando partem ao coberto do mais puro e cobarde anonimato.
A luta vai continuar, não desistimos!
A consultar.
A Democracia e o respeito pelos eleitores também se constrói desta forma, respeitando aqueles que nos elegeram e colocando-nos ao seu dispor.
3 de março de 2010
O Circo continua
Já aqui chamei a atenção para o que está a acontecer na Assembleia da República, mais concretamente na Comissão de Ética.
Hoje saiu na rifa Manuela Moura Guedes. Há pouco "revelou" ter o primeiro-ministro telefonado para o Rei de Espanha a queixar-se do Jornal Nacional da TVI. Esclareceu a depoente que "soube por interposta pessoa que o dr. Cebrián [CEO do grupo Prisa] contou ao dr Balsemão, em jeito de desabafo, que já estava farto dos telefonemas do primeiro-ministro por causa da suspensão do jornal de sexta. E disse que o primeiro-ministro até para o Rei de Espanha tinha ligado, para ver se conseguia pressionar a Prisa", rematando com uma frase que arrancou gargalhadas "é uma pressão real, de facto".
A procissão ainda vai no adro, mas ao exibicionismo serôdio de Mário Crespo, promovendo a distribuição dos seus panfletos e a exibição de uma t-shirt a cheirar a lençóis, seguiu-se Felícia Cabrita, num estilo consentâneo com o tratamento que tem sido dado às escutas e com o nível dos diálogos revelados pela seu jornal. Depois veio o arquitecto Saraiva, no estilo doutoral e delirante a que habituou os indígenas, explicar a tramóia.
Faltava Manuela Moura Guedes para trazer ficção ao espectáculo. Saber de alguma coisa por interposta pessoa que soube por outra que fulano contou a sicrano que Sócrates telefonou para o Rei de Espanha, é verdadeira ficção. E da boa.
Sabendo-se que, à partida, não seria José Sócrates a contar que tinha telefonado para o Rei de Espanha, isso quer dizer que a informação só poderia ter saído do próprio Rei de Espanha ou de alguém que a ele tivesse acesso e com quem tivesse desabafado. Admitindo que a "revelação" seja verdadeira, verifica-se então que o rei Juan Carlos desabafa com quem não sabe guardar segredos e revela a terceiros conversas particulares. Em rigor, foi isto que Manuela Moura Guedes foi dizer à Comissão de Ética.
Eu não estou a ver nenhum primeiro-ministro português, por mais mentecapto que seja, a queixar-se de um empresário ou de empresa espanhola ao Rei de Espanha. Menos ainda que este, sabendo-se quem é, o fosse transmitir ou desabafar junto de terceiros, numa cadeia sucesiva, até o desabafo chegar à visada. E não é o facto de Juan Carlos ser rei que torna a "estória" inverosímil. É a educação que lhe foi dada, o seu estatuto, carácter e personalidade que, obviamente, o impedem. Juan Carlos não é Mário Crespo.
O presidente da Comissão de Ética, Marques Guedes, pela linhagem e educação, também sabe isto. E sabe muitas coisas mais. Mas nada diz e vai permitindo que o espectáculo continue, enxovalhando de forma inapelável as instituições parlamentares, tornando-as parte de um circo ao qual não podem (não deviam) pertencer.
Sejamos directos: o que está a acontecer na Comissão de Ética, sendo responsabilidade de todos os partidos, é por demais culpa de quem a dirige.
Marques Guedes, ao permitir que as coisas se passem da forma por que estão a ocorrer, valorizando, e permitindo, discursos opinativos e a teatralização das intervenções de quem lá vai tomar um cafezinho com os senhores deputados, admitindo que simples rumores e intrigas medíocres se transformem em notícia, em vez de ajudar ao esclarecimento dos factos, dá um contributo inestimável para o desprestígio do Parlamento.
Pode ser que as audições daqueles que ainda não foram ouvidos, ou que estão a ser ouvidos, como Francisco Pinto Balsemão, possam conferir outro nível ao trabalho da comissão. Mas até lá...
Há alturas em que não podemos ser quem somos se queremos continuar a ser como somos. Aos nossos próprios olhos, aos olhos dos nossos filhos e de todos aqueles que nos rodeiam.
2 de março de 2010
Se eu podia viver sem o Mafra Hoje? Poder podia mas não era a mesma coisa!
Alguém naquele Jornal anda com uma fixação por lugares de assessor, será que existe "gato com o rabo de fora"?
Ordem de Trabalhos
1 de março de 2010
Blogue dos Vereadores do Partido Socialista
Estamos abertos a receber as criticas, opiniões ou fotos de quem quiser de alguma forma participar.
O Blogue pode ser visto aqui: vereacaopsmafra.blogspot.com