Não deixo de ver e ouvir certos especialistas e responsáveis da área económica como arautos cegos de uma realidade que nos pode conduzir para o abismo, a sua sapiência que agora é colocada como doutrina não conseguiu prever a “derrocada” que as mesmas “iluminadas” mentes durante anos defenderam como “as leis do mercado” (nome simples para economia de casino), os mesmos gestores e financeiros que na orgia de financiamentos do Estado souberam e sabem salvaguardar os seus pornográficos prémios sentem-se injustiçados quando confrontados com os seus elevados salários.
Não gosto de moralismos de pacotilha nem da ideia de que o mercado é mau, agora, não “engulo” o discurso da crise generalizada só para alguns, as nossas empresas publicas têm de dar o exemplo, a crise quando bate é para todos, é inadmissível vermos gestores ganharem verdadeiras fortunas enquanto os trabalhadores do Estado (e no privado) estão a ser fortemente penalizados na sua massa salarial e na progressão na carreira.
Um exemplo do que digo é o caso da GALP, os Administradores “comem” 3% dos lucros da empresa e acusam os trabalhadores de “falta de solidariedade com o futuro da empresa” por quererem um aumento de 1,5%!
Este tipo de comportamento é inaceitável, e roça o insulto à inteligência dos Portugueses, os Senhores Administradores recebem os seus prémios (6,2 milhões de euros, cerca de 2,9% dos lucros), mas para aumentos não pode ser porque estamos a atravessar uma grave crise!
A crise tem as “costas largas” e serve para muita coisa, que desta vez exista a coragem politica de se colocar um travão à imoral forma como a ganância de alguns está a dar cabo do que é de todos!
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