Na terça-feira, São José Almeida e Maria José Oliveira escrevem no Público, “Canção dos Xutos transformada em manifesto contra Sócrates”.
A notícia baseia-se em dois factos:
1. Uma montagem vídeo da TVI com imagens de Sócrates e a música dos Xutos.
2. Outras duas montagens em vídeo no YouTube com a mesma música, e respectivos comentários aos vídeos.
O facto de uma estação de televisão fazer uma montagem vídeo com uma determinada música ‘transforma’ essa música em manifesto contra alguém? Dois vídeos no YouTube são um manifesto político com escala relevante para ser notícia? Ontem de manhã nenhum dos vídeos tinha mais de umas duas mil visitas.
A notícia reporta ainda a opinião da banda pela voz de Zé Pedro, o guitarrista:
- Zé Pedro diz que “interpretar esta faixa (…) como um hino contra as políticas do Governo socialista é ‘deturpar’ a intenção do grupo. ‘Não há aqui alvos a abater’”
- “Zé Pedro insiste que qualquer aproveitamento da música para criticar e contestar o Governo não receberá a ‘solidariedade’ dos Xutos.”
- “Zé Pedro não tem dúvidas de que a ideia da TVI foi uma ‘deturpação’ das ‘intenções’ dos Xutos.
- “Zé Pedro, que, diz, até ‘simpatiza’ com o primeiro-ministro José Sócrates”
Ora, como é que com aqueles dois factos e com aquela opinião da banda, as duas experientes jornalistas e o jornal Público,
- decidem dar aquele título à notícia?
- fazem da notícia capa do Público de ontem?
- ocupam duas páginas inteiras dentro do jornal com a notícia?
- disponibilizam gratuitamente no site do jornal a música para download?
- e publicam na íntegra a letra da música?
16 de abril de 2009
Afinal "quem me anda a f***r"?
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1 comentário:
eu já respondi
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