Gostei muito do congresso deste fim de semana, em Espinho. Segui de forma distraída as diversas intervenções mas fixei-me numa lição curta dada por José Sócrates. Foi quando ele pegou no microfone e disse: "Vital Moreira!" Confesso que eu, lá em casa, apreciei. É que, durante semanas, o país inteiro andou a elaborar teses. Ele era a tese Freitas do Amaral ("Está a bater-se a cabeça de lista da lista PS para as europeias, só pode!", dizia-se). Ele era a tese Ferro Rodrigues. A tese Luís Amado. António Vitorino... Na manhã de sábado, até surgiu a tese Edite Estrela. Mas quando Sócrates tornou pública a decisão, disse: "Vital Moreira!" Gostei, já disse. Não tanto pelo desfecho, mas pelo método. Vital Moreira que me desculpe, mas não fico banzado como Almeida Santos ficou com ele ("Um professor doutor de Coimbra, meu Deus!"). Mais importante que o seu nome, parece-me ser o terem guardado secreto o seu nome. O que os portugueses precisavam de saber é que em Portugal é possível, num processo, guardar um segredo. José Sócrates mostrou que sim. Mandasse eu, ele ia já para onde é mais preciso. Nomeava-o Procurador-Geral.
Ferreira Fernandes - DN
1 comentário:
Caríssimo Pedro Tomas
Faço menção no meu BLOG a uma posta interessantíssima no Ladrões de Bicicletas sobre Vital Moreira, não deixe de ler.
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