6 de fevereiro de 2009

A reflectir.

Por mim, prefiro recordar o PS da Alameda, de 1975, quando Sócrates ainda lá não estava, e quando o ministro Silva e muitos outros ministros de hoje tentavam boicotar essa resistência, feita em nome do pluralismo e da sociedade aberta, contra o pré-chavezismo gonçalvista. Prefiro recordar e ser fiel ao Edmundo Pedro, quando este soube mobilizar a direita, o esquerda e o centro contra as sementes totalitárias que nos enredavam. Prefiro continuar a praticar os poemas de Manuel Alegre contra os "ministros do reino por vontade estranha" e apenas lamento que o PS profundo, mesmo aquele que, cumprindo o seu dever, apoia Sócrates, não se demarque do "malhar" e da teoria da bicicleta revolucionária da extrema-esquerda, plebeia ou chic, que, em desespero de causa, ocupou o centro de poder do partido e do Estado.

O mais perigoso tique do desespero situacionista acontece sempre que o poder estabelecido inventa uma união nacional centrista, com inimigos à esquerda e à direita, confundindo o partido com o Estado e assumindo que o respectivo programa e intereses se confundem com as necessidades nacionais. Entre o pensamento único e o partido-sistema, a fronteira é ténue. Foi este o discurso de Estaline e de Salazar, com as sucessivas purgas dos desviacionismos de esquerda e de direita. É este o insensível barril de lodo que está a levar Sócrates ao desespero do propagandismo do ministro Silva. É isto que lamento no partido herdeiro da Alameda!

Sobre o Tempo que passa.

1 comentário:

Elisiário Figueiredo disse...

Pois, isto ando eu a dizer à muito, o Santos Silva, que era militante do PCP quando o PS era um partido de esquerda, com politicas e praticas de esquerda.

Encontrei isto aqui:
(http://tonibler.blogspot.com/

Prolongadas observações de Santos Silvas no seu habitat natural e no estado selvagem, têm sido de grande valia, tanto científica como mediática. A recentes descobertas de que a espécie poderá ter a característica única de ser um mamífero sem coluna vertebral, está a atrair as atenções do mundo que até à pouco tempo conhecia a espécie como uma versão de quatro patas do escaravelho do esterco, pelo seu hábito de andar a enrolar a merda que o governo faz. Os registos até agora obtidos do comportamento do Santos Silva, levam novos desafios à comunidade científica que agora tem que resolver um novo mistério - como consegue o Sócrates afastar a cara do Santos Silva para cagar?

Estou completamente de acordo.