28 de junho de 2007

Ser do P.S hoje.


Ser do Partido Socialista por estes dias não está fácil, eu que me reconheço como “homem de Esquerda” tenho dificuldade em aceitar uma série de politicas quer económicas, quer Sociais que este Governo tem levado a cabo.

O que hoje assistimos é a uma série de reformas que estão ou vão mexer na base do Estado Social tal como o conhecemos, é certo e sabido que tal como as coisas estavam o Pais não teria condições para suportar esta situação por muito mais tempo, mas o que está aqui de facto em causa é a manutenção dos sistemas públicos sociais, que têm como obrigação servir as pessoas e pelas pessoas manterem-se em funcionamento dentro de parâmetros de qualidade que assegurem a igualdade de oportunidades de acesso a todos.

Falo da Educação, da Saúde, Justiça e do trabalho com direitos, estes pilares não podem nem devem ser postos em causa, se tal acontecer estamos perante um erro que desvirtua por completo aquilo que são os princípios do Partido Socialista.
Depois de termos ouvido que a Europa defende a Flexisegurança ficamos a saber que o Governo encomendou um estudo que agora divulgou onde as medidas protagonizadas vão no sentido oposto, o que nesse estudo se defende é a transformação dos trabalhadores em embalagens descartáveis de mão-de-obra. Começa a ser evidente que a solução que muitos protagonizam para a nossa economia assenta na exclusão dos trabalhadores dos benefícios do desenvolvimento económico.
Sei que no interior do P.S muitas vozes se têm levantado, sei que existem muitos Camaradas que olham para algumas opções deste Governo de uma forma incrédula, sei que se de facto forem para a frente as medidas mais “liberais” o P.S abdica da sua herança Socialista/Social-Democrata.
Sou e continuarei a ser Socialista, continuo a acreditar que este Governo tem “nas mãos” uma oportunidade de mudar Portugal de uma forma equilibrada, mas vou continuar atento, porque sei qual o meu lugar e sei qual o lugar do Partido Socialista.

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