Nos últimos dias, tivemos oportunidade de conhecer uma grande variedade de formas legais (embora não legítimas) de desperdiçar o dinheiro dos contribuintes. Andaram com sorte os que conseguiram consultar as páginas oficiais em que esses gastos estavam registados: se fossem lá hoje não conseguiriam ver o escândalo porque, entretanto, alguma alma caridosa apagou a informação...
A título de exemplos, podem citar-se o contrato com uma empresa de consultadoria de um antigo dirigente socialista (aí apenas um milhão), o fornecimento de flores naturais para os arranjos diários dos gabinetes de S. Bento, um jantar de artistas em Veneza (que não foi além de 14 mil...) e, sobretudo, os gastos com propaganda inútil.
Estou a ouvir dizer que se trata de "migalhas" diante do enorme alçapão da nossa miséria. É verdade, embora a minha Avó ensinasse que "migalhinhas são pão". Neste caso, é diferente: este dinheiro não passa de dinheiro dos outros, dinheiro do Estado e, portanto, não é de... ninguém. Só a generosa complacência de um povo pateta explica que essas pessoas não estejam nas cadeias.»
[JN]
Por António Freitas Cruz.
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