“Em cada cidade, em cada município, em cada povoado, há sempre um grupo de homens que estão longe do povo, dos seus interesses, dos seus tormentos, da sua alma: chama-se a este grupo mundo oficial, camarilha, aristocracia, etc.Este grupo(…) tem falsos sentimentos e dura consciência, não conhece a justiça, não aceita a verdade; ali estudam-se as influências, apontam-se os patronatos, contam-se os compromissos; só com estas coisas se ocupam, só por elas se dirigem.”Eça de Queirós, in Distrito de Évora, 17 de Janeiro de 1867
Esta experiência de andar a correr o Concelho fazendo contactos para as Freguesias está a ser uma boa preparação para a Campanha que se está a aproximar e também uma óptima ocasião para estar mais perto das pessoas.
São já muitas as pessoas com as quais tive a oportunidade de trocar impressões sobre o Concelho ou sobre a sua Freguesia e de todas elas retiro sempre alguma mensagem e preocupação.
Uma coisa é óbvia, existe neste Concelho um tremendo fosso entre os Autarcas e os seus Munícipes, o poder ensurdeceu quem tem de gerir os destinos de Mafra, as pessoas querem ser ouvidas, a gestão Municipal tem e deve ser de proximidade.
Ao longo destas quase três décadas de gestão Social-Democrata o poder foi-se tornando “aristocrata” ou se quiserem elitista, esta postura é nefasta, confundir autoridade com arrogância tem a breve prazo consequências negativas quer para eleitos, quer para eleitores.
As pessoas têm de estar em primeiro lugar, saber ouvi-las, escutar os seus anseios e preocupações e agir indo ao encontro das suas ambições é um desafio, a Politica Autárquica vive desta proximidade, não a aceitar ou desprezar estas evidências é esquecer a essência das Autarquias locais.
1 comentário:
"confundir autoridade com arrogância tem a breve prazo consequências negativas quer para eleitos, quer para eleitores", é mesmo isto que se tem notado em todas as elições. Os municipes não são burros e por isso sabem reconhecer quem tem feito alguma coisa por eles e penalizado quem mto fala e pouco faz. Maiorias absolutas reforçadas do presidente da câmara são exemplo disso mesmo. Está muito errado!!!
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