Bastaram 129 votos de diferença para que aquela que já foi a maior exportadora nacional voltasse, no espaço de um mês, a um futuro incerto, sob ameaça de deslocalização, de não renovação de contrato a 250 contratados a prazo, de trabalho apenas num turno e um cenário de layoff. Foram 1381 votos contra; 1252 votos a favor; 28 votos brancos e sete votos nulos que poderão ter ditado o futuro da empresa e dos seus mais de três mil trabalhadores.
Não querendo colocar aqui em causa o direito que os trabalhadores da Autoeuropa têm para decidir como quiserem o seu futuro não posso deixar de mostrar o meu espanto por esta decisão, será que o Sábado vale mais que os postos de emprego, será que ao estar a dar argumentos à Administração não estarão os trabalhadores a “cavar” a sua sepultura, será que os sindicatos que com esta “machadada” hipotecam o futuro dos seus associados não vêm que estão também a cavar bem fundo o seu fracasso e por fim será que tanto o PCP como o BE que têm uma reconhecida influencia nesta negociação não deveriam ser mais responsáveis e ter uma maior postura de Estado em todo este processo?
Pelos vistos a teoria do “quanto pior melhor” ou da “terra queimada” continua a valer para alguns sectores da velha esquerda!
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