Manuela Ferreira Leite defende, em artigo no Expresso, que “o aumento de escolaridade para 12 anos ou até aos 18 anos é, infelizmente, mais fonte de preocupação do que regozijo”, implicando uma “preparação prévia” e “condições [que] estão longe de estar garantidas, se é que foram equacionadas”.
Não sei em que condição escreve Ferreira Leite no Expresso, mas parece-me estranho que venha agora defender que esta medida “só poderá agravar o sentimento de fracasso para os jovens e para a sociedade”. É que, antes de ser cronista no Expresso, Manuela Ferreira Leite foi ministra das Finanças e de Estado do Governo de Durão Barroso, tendo aprovado e assinado em Conselho de Ministros, vai fazer este mês seis anos, a Lei de Bases da Educação que defendia o seguinte:
“Daí a assunção pela presente proposta de lei da escolaridade obrigatória de 12 anos, a começar a concretizar-se, sequencialmente, já a partir do ano lectivo de 2005-2006, para os alunos que se inscreverem no primeiro ano do segundo ciclo do ensino básico.”
Política da verdade, reclama constantemente a líder do PSD. Na sua versão instrumental, está visto.
Via Arrastão
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