Em reunião do Conselho de Ministros de 13 e 14 de Janeiro de 1959, foi aprovada a construção da ponte sobre o Tejo – Salazar em tempo de baptismo, 25 de Abril por ocasião do crisma.Decisão pacífica? Nem por isso: a maioria votou a favor, mas dois ministros e o próprio Salazar votaram contra. Passo a citar Franco Nogueira (Salazar, vol V, p.45):
«Salazar votou contra baseado na sua ortodoxia financeira: o financiamento da ponte poderia e em rigor deveria ser usado em projectos que, se executados, teriam uma rentabilidade mais imediata e contribuiriam para um mais rápido aumento do produto nacional. (...) Salazar, no fundo, também desejava a ponte; mas não queria que historicamente ficasse comprometida a integridade da sua ortodoxia financeira, nem que se pudesse dizer que transigira para conquistar popularidade.»
Anda alguém a inspirar-se nisto?
Joana Lopes (Entre as brumas da memória)
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