Paulo Rangel, o cabeça-de-lista do PSD às eleições europeias tem um «estilo» político muito apreciado nos «jovens turcos» (uns mais jovens e outros mais turcos) do PSD, o que o levará, a seu tempo, muito provavelmente, a afogar as aspirações de Passos Coelho e Rui Rio à presidente do partido. Paulo Rangel «aposta» no efeito fácil da chicana política para produzir notícias. «O PS está dividido sobre Lopes da Mota no Eurojust» – acusa, acrescentando: «não pode manter as duas posições». Os seus indefectíveis aplaudem. Parece que gostam de partidos a uma só voz. Mas os aplausos não são sérios, porque ainda ontem acusavam os socialistas de «só repetirem a voz de chefe». Afinal em que ficamos? Ainda por cima, neste caso concreto, Paulo Rangel apenas atirou um soundbytes ao ar sem ponta de fundamento: o que Vital Moreira disse (que suspenderia as funções se estivesse no lugar de Lopes Mota) não colide com a posição do Governo. Vital Moreira não disse: se estivesse no Governo demitia Lopes Mota. O rigor é uma coisa tramada, sobretudo para quem não o usa.
Por Tomás Vasques
Sem comentários:
Enviar um comentário