24 de março de 2009

Ferrari!

Transcrição da Imprensa de hoje:

O árbitro assistente que apoiou Lucílio Baptista na controversa decisão de assinalar grande penalidade contra o Sporting na final da Carlsberg Cup, disputada com o Benfica no Estádio Algarve, ganha a vida como 1.º Sargento de Infantaria do Exército e reside no concelho de Setúbal, onde, segundo O JOGO apurou, é conhecido pelo seu... benfiquismo, que não reprime nem mesmo no curso de árbitros. A afeição pela cor forte do emblema da Luz - o encarnado - levou inclusivamente a que Pais António recebesse a alcunha de "Ferrari", numa alusão directa aos modelos (e à cor) de referência da famosa marca italiana de carros de alta cilindrada.

Aos 37 anos, o homem que, estando a cerca de 40 metros da zona da bola, acabou também por ficar ligado ao grave erro de arbitragem - com influência no resultado - que ensombrou a final da Carlsberg Cup, além de fazer parte do quadro principal de árbitros assistentes do futebol português, desempenha o cargo de presidente da Assembleia Geral do Núcleo de Árbitros de Setúbal. Neste e noutros circuitos de enquadramento social, são muitos os que conhecem Pais António pelo cognome de "Ferrari".

Este assistente está - ele e Lucílio Baptista - na mira das críticas e dos ataques do Sporting, essencialmente pelo episódio ocorrido ao minuto 73 do decisivo embate da Carlsberg Cup, mas, nesta altura, há ainda um antecedente que emerge na memória dos responsáveis sportinguistas e que faz com que Pais António seja credor de desconfiança em Alvalade: há duas épocas, então auxiliando João Ferreira num jogo entre os leões e o Paços de Ferreira, não foi capaz de descortinar a forma irregular - mão na bola - como o pacense Ronny agitou as redes à guarda de Ricardo. Um golo saído da forja da ilegalidade, mas que valeu e foi o bastante para o Sporting averbar uma derrota.

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