Ontem, realizou-se em Lisboa a maior manifestação de sempre, segundo Carvalho da Silva, o patrão dos sindicatos comunistas. Foram mais de 200 000 que se manifestaram contra o governo. Esta manifestação, tal como outras anteriores, com destaque para os professores, só pode ser motivo de satisfação para qualquer democrata. Há países, como em Cuba, em que manifestações desta dimensão só acontecem quando são a favor do governo. Não há memória de manifestações contra o governo, apesar da pobreza em que vivem os cubanos. Outro aspecto importante desta gigantesca manifestação foi a disputa mano a mano entre o PCP e o BE. Francisco Louçã marcou Jerónimo de Sousa, enquanto Miguel Portas marcou Ilda Figueiredo. De resto, foi uma sexta-feira normal, com o governo em Cabo Verde e as filas de trânsito para sair de Lisboa em todas as direcções à procura do fim-de-semana e da Primavera antecipada, apesar de todos os descontentamentos.
Por Tomás Vasques
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