Texto a publicar no próximo numero do Jornal O Ericeira
Enquanto escrevo este texto decorre nos Estados Unidos da América a ponta final da campanha eleitoral para eleger o homem que irá suceder a Bush.
Mesmo sendo noutro Continente quase todos têm a noção que a influência do resultado deste escrutínio para o mundo é grande, o homem que governa os EUA tem sobre os seus ombros o peso da responsabilidade de grande potência não só económica mas também militar.
Os oito anos de presidência Bush revelaram-se desastrosos, não será difícil para qualquer um apontar duas ou três consequências nefastas das Politicas conservadoras nos costumes e liberais em termos económicos, pagámos todos bem caro a arrogância “neo-com” de uma invasão do Iraque e vivemos na pele o descrédito de uma potência mundial.
No meio deste cenário de desânimo surgiu alguém, esse alguém propôs romper com o que estava predefinido, a palavra-chave foi: MUDANÇA.
Partir de uma situação que à partida parece perdida para uma dinâmica de vitória não é fácil, acreditar que somos capazes, que temos capacidade de alterar o rumo das coisas e acima de tudo trabalharmos para isso é visto por muitos como uma daquelas utopias que não tem lugar na Politica.
Muitos questionam a credibilidade de um candidato que fala de sonhos, de mudança e de esperança, é fácil apontar debilidades a quem apela a conceitos como a Liberdade e a Igualdade, mas sendo difíceis de concretizar estes pressupostos são sem duvida os motores de uma nova forma de fazer Politica.
Se quisermos podemos utilizar este espírito reformador para começarmos de facto a alterar muita coisa, é certo que a mudança só por si não significa uma alteração para melhor, este espírito tem de ser acompanhado de uma profunda reflexão sobre o que há para alterar e como alterar o que está mal.
É chegada a hora de mudar e pensar mais, a si caro/a leitor lanço um desafio, se pudesse mudar algo agora mesmo o que faria, não digo a nível global, pense em termos locais, na sua terra, no seu bairro o que mudaria?
Coloco-lhe esta questão porque considero que em cada Cidadão existe um potencial foco de mudança, em cada um de nos existe a força e a capacidade para alterar o rumo das coisas. Muitos têm o discurso contrário, que não vale a pena participar, que não vale a pena fazer nada, discordo em absoluto, esta forma de agir só favorece quem vê no actual sistema uma forma de se perpetuar no poder ou manter-nos a todos num limbo entre a estupidez e a ignorância.
È a passividade com que é encarada a participação cívica que é o principal obstáculo à alteração e à mudança que julgo necessárias, este modo de estar pode e deve ser alterado, dou como exemplo os EUA onde a participação dos jovens na campanha eleitoral tem sido uma agradável surpresa, isto deve-se e muito a um espírito e a um sentimento de mudança e renovação que é completamente entendido e assimilado pelas camadas mais jovens da população.
Só com um espírito reformador e pensado para e com as pessoas é que é possível inverter o rumo da nossa Sociedade, existem várias formas de se fazer Politica, não existem formulas magicas, mas está nas nossas mãos mudar!
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