25 de agosto de 2008

A não perder.

Fui ver o filme wall-e, posso-vos dizer que é do melhor que já vi em termos de animação. Avançamos 700 anos e encontramos WALL-E, o único robot ainda funcional dos que ficaram a limpar os detritos acumulados durante anos pelos humanos, que entretanto se viram obrigados a abandonar o inóspito lugar em que a Terra se transformou. WALL-E passa os dias a empilhar o lixo em cargas da dimensão de arranha-céus e tem como única companhia uma pequena barata. O problema é que um dia surge EVE, uma robot de prospecção enviada pelos humanos entretanto refugiados na estação espacial Axiom, e WALL-E apaixona-se, embarcando numa missão ao espaço para conquistar a sua alma gémea. Os primeiros 40 minutos de filme são uma experiência arrebatadora. Os detalhes de animação são exímios com uma consistência que quase rasga a linha entre a animação e a realidade palpável. Os planos da cidade de entulho parecem quase os de uma cidade real, a expressividade de WALL-E transmite automaticamente uma sintonia que nos faz acreditar estarmos perante uma personagem real (um robot “de carne e osso”), e até a barata consegue ser tudo menos repugnante.
Mais um filme em que a Pixar não desilude e mostra uma maturidade capaz de agradar a todas as idades

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