23 de janeiro de 2008

Acção Socialista.


Uma das questões que são colocadas quando falamos na política no nosso Concelho é a de saber por onde anda a oposição, o que é feito daqueles homens e mulheres que há dois anos deram a cara por um projecto alternativo ao da actual governação Social-Democrata da Câmara Municipal de Mafra.
É importante recordar aqui os resultados das últimas eleições para a C.M. Mafra em 2005:
PSD 56,5% elegeu 5; PS 27,8% elegeu 2; CDU 6,8% elegeu 0 e CDS-PP 2,4 elegeu 0.
Estes resultados demonstram bem o actual panorama, se a isto somarmos a conquista das 17 Freguesias por parte do PSD obtemos um cenário em que a oposição tem muitas dificuldades em de uma forma concreta fazer chegar aos Cidadãos concelhios a sua voz e a execução de trabalho no terreno.
O panorama é de facto desolador, os próximos 2 anos são vão ser fundamentais, é urgente e necessário que os Socialistas enquanto principal Partido da oposição encontrem o caminho certo.
O PS tem de ser a voz da oposição durante os quatro anos e não durante os últimos seis meses antes das eleições, ser oposição não é denegrir o adversário, é antes saber propor e dar ao eleitor uma alternativa credível e de confiança em quem votar.
É preciso saber ler e entender o nosso Concelho, saber perceber as alterações quer sociais quer económicas que com as novas vias de acesso estão a acontecer, uma oposição sólida e com bases faz-se tendo a perfeita noção das realidades locais, é diferente conhecer um Concelho através de “papéis” do que o conhecer através das suas gentes e da vivência diária.
É urgente refundar o Partido Socialista , em conjunto com os “velhos” militantes dar espaço a que novos militantes e não só possam desenvolver um trabalho que inverta esta espiral suicida em se encontra o maior Partido da oposição concelhia.
O pior que pode acontecer a um Partido é começar a estar cada vez mais distante dos eleitores, perder a voz é perder a capacidade de comunicar e um Partido que não comunica morre, é que ser e fazer oposição passa também pelas ideias e pela forma como as fazemos chegar aos eleitores, e neste aspecto é fácil de concluir de que estamos perante uma “Oposição Zero”.

Publicado no Jornal O Ericeira

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