25 de outubro de 2007

Liberdades.


Num mesmo dia o PCP retirou a confiança pol­tica a dois autarcas, um deles presidente de uma autarquia, o outro uma deputada, as razões são as do costume, delito de desobediência ás directivas do partido, no caso da deputadas agravadas por terem sido feitas num almoço com jornalistas do Expresso. Nada mau para um partido que tanto defende a democracia e que com esse argumento se debate pela realização de um referendo.

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá Pedro.

Sem querer ter a pretensão de defender o PCP ou a sua forma de organização, compreendo estas atitudes embora algumas as possa também achar exageradas. Não sei se foi o caso pois, confesso não estar a par destas situações.

Mas compreendo-as, tal como compreendi a do famoso queijo Limiano do CDS/PP, porque considero que uma organização, seja ela um partido politico ou não, deve ter uma orientação delineada, bem definida, e clara para todos os seus membros. Seja essa orientação definida por uma só pessoa (um Presidente), ou por um grupo de pessoas (um Comité Central).
O que não entendo, são casos como os de Salvaterra, do BE, em que numa organização claramente contra as touradas, a Presidente de Camara eleita por essa organização, as promove; Ou como outros partidos, nomeadamente o PSD, que muda a orientação conforme o Presidente que tem em cada momento.

Entendo, também, que quem está numa organização, volto a dizer não necessáriamente politica, deve sujeitar-se à sua orientação. Caso contrário, é livre de a abandonar ou, se não o fizer, a organização tem o direito de a excluír.

Isto nada tem a ver com Democracia. É apenas neste ponto que não concordo contigo.
Falta de Democracia é não ter opção, é ser obrigado a aceitar. Ora, ninguém é obrigado a aceitar as regras do PCP, ninguem é obrigado a ser membro do PCP. Mas quem o fôr, tem a obrigação de aceitar as suas regras!

E as consequências desta forma de organização, dizem respeito primeiramente ao PCP.