14 de março de 2007

Passividade.


Uma das coisas que em quanto cidadão mais me incomoda é a forma passiva com que alguns dos meus concidadãos assistem impávidos e serenos ao desenrolar das transformações profundas que estão neste momento a acontecer neste nosso Concelho à beira-mar plantado.
Onde estão as vozes daqueles que em surdina protestam ,onde está a voz daqueles que foram eleitos para serem contra poder, no fundo porquê este silencio que torna a vida tão fácil a quem tem o poder?

Neste sábado passado fui com mais dois elementos do executivo da Junta de Freguesia de Mafra dar uma volta por uma parte desta extensa Freguesia para vermos algumas obras em curso e para fazer o levantamento de alguns “problemas” a resolver , o cenário em certas zonas é assustador, o que se assiste é totalmente disparatado, loteamentos a granel, construção como cogumelos, tudo isto sem vias com capacidade de escoar os novos habitantes e sem perspectiva de futuro de virmos a ter infra-estruturas que suportem este crescimento demográfico.

A nova auto-estrada pode vir a ser um pesadelo se não se pensar na sua envolvente e influencia sobre tudo o resto, ou será que este executivo Camarário estará a pensar que “quem vier atrás fecha a porta”?

2 comentários:

Platero disse...

Será que a Câmara Municipal quando pensou a Autoestrada, fez algum estudo de mobilidade de modo a conhecer as cargas e movimentos de trânsito nas várias zonas?

Será que pensou bem em todas as acessibilidades à AE e aos loteamentos que se estão a construir?

Será que o Concelho de Mafra e a freguesia da Ericeira se irão transformar num subúrbio e dormitório de Lisboa ou num novo Algarve com betão pot todos os lados com todos os inconvenientes que isso traz?

Artur Coelho disse...

É impossível não ver com preocupação esta conjugação entre a rapacidade dos construtores e as novas acessibilidades. Temo que este concelho se esteja activamente a transformar em mais uma zona densamente suburbanizada, onde a construção de segunda categoria arquitectónica e qualitativa alastra, onde os espaços verdes e naturais de que tanto gostamos e que tão importantes são estão em vias de extinção, onde as actividades económicas se vão reduzir às grandes superfícies.