21 de janeiro de 2008

Cidadania


Quando falamos de Politica muito boa gente range os dentes e faz uma careta.
Se virmos no dicionário podemos ver que a palavra Politica deriva do grego antigo (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade-Estado. Por extensão, poderia significar tanto cidade-Estado quanto sociedade, comunidade, colectividade e outras definições referentes à vida urbana.
Esta definição de Politica leva-nos a verificar que o seu sentido é afinal mais amplo e abrangente do que muitos pensam, aliás, e fácil constatar que muitos são intervenientes Políticos sem o saberem.
Todos nós conhecemos pessoas que de uma forma ou de outra têm um tipo de intervenção Social que não parecendo Politico o é, falo daqueles homens e mulheres que por este Concelho dão muito do seu tempo ás Associações, Colectividades, Bandas e Grupos de Jovens.
Esta forma de participação Social é muitas vezes esquecida, ou até mesmo remetida para um plano secundário porque ainda é vista por algum Poder Politico Autárquico como sendo ou mais uma “despesa” para os orçamentos Municipais ou como uma forma de em alturas certas “dar”a uma determinada Associação um “guloso cheque” que satisfaça as pretensões quer do Autarca quer da Associação em causa.
Esta forma de “ler” o Associativismo que a Autarquia cultiva, tem levado a que ao longo dos anos tenhamos vindo a assistir a uma colagem daquilo que deveria de ser a pura participação cívica a uma série de preocupações que em meu entender são puramente de Politica Partidária, isto transforma os Dirigentes Associativos em peças de um jogo que desvirtua por completo a sua função, tornando-os reféns dos humores de quem gere os dinheiros públicos.
Eu que fui dirigente Associativo neste Concelho sei bem como ou humores são variáveis, mas também sei que existem pessoas por este Concelho com muito para dar e para mostrar, gente capaz, gente que faz e que não fica à espera.
A entrega e a forma solidária como estes Cidadãos dão de si para a Comunidade merece de todos nós o nosso respeito, claro que é fácil criticar, dizer mal ou apontar erros, mas quantos dos caros leitores estariam dispostos a abdicar de muitas noites em família em nome daquilo que alguns apelidam de “carolice” mas que eu chamo de Cidadania, é que os únicos tachos que estes cidadãos têm são muitas vezes aqueles que sobram para lavar no fim das festas.

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